terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dafne.


Se me sufocar de saudade te faz feliz,
sinta-se feliz.
Se me privar de te ver, de te ouvir te faz luzir,
sinta-se uma estrela.
Se me tornar uma pessoa infeliz, amarga, te faz grande,
sinta-se um deus.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Psiquê.


Ao cair da noite, liberto meu hospedeiro.
Não tenho forças para me manter por mais tempo.
Sou volátil, sou fluída.
Caminho livre por entre mundos.
Sou senhora absoluta de todas as mentes.
Meu poder comanda a psique humana.
Sou sombra furtiva, espirito ambicioso que teima em voltar.
Não me contento só com um mundo, quero os dois.
Por hora tenho que voltar ao mundo dos espectros.
Até acumular energia suficiente para nova investida.
Mas não tenho pressa, pois a eternidade caminha a meu lado.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mico.


Pelas indiscrições da vida, acho que cedo ou tarde todo mundo passa por uma situação constrangedora, o famoso mico.
Há pessoas, ao que parece, que não vivem sem ele.
O mico em si não tem nada de mais, se a pessoa for meia lesa ou simplesmente não ligar, logo passa.
Mas se for uma pessoa sistemática...ai doí.
Cada vez que o cidadão lembrar é um chute no saco.
Revive o vexame vinte e quatro horas por dia, demora semanas para esquecer.
Isso se não tiver um espirito de porco pra ficar lembrando.
Mas isso faz parte da natureza humana.
Acho que no departamento pessoal do céu ou inferno deve constar no currículo: mico é obrigatório.
Dar um fora de vez em quando é normal, nos torna mais humildes.
Pior é quando o sujeito foi coronel, na vida passada volta pobre, fodido, achando que ainda é senhor de engenho. Aí eu truco.