segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A porta.

Sempre me corto com os vidros da janela.
Por isso, coloquei flores ali.
Num outro mundo paralelo, fantasmas me perseguem,
e para fugir dos espectros, cubro o espelho.
Sozinho no escuro, olho para porta que nunca irá se abrir,
lembro de coisas que não fiz, mas era eu.
Se pudesse amar alguém, seria ótimo.
Quem se atreveria?
Ainda ouço o gotejar de alguma coisa, agora lento, calmo.
Não há lugar nesse ou em outro mundo para me esconder.
Serei culpado de tudo para sempre.
E dai?
Eu só queria morrer!