segunda-feira, 30 de junho de 2014

O teste.

Tudo tem que ser perfeito.
O movimento é primoroso.
Com tantos a olhar, tem que ser.
O liquido desce viscoso, salivam.
Vejo nos olhares que seu cheiro desperta insanidades.
A lâmina é afiada, ponho-me a cortar pedaços.
Não sobra quase nada.
Está tudo preparado.
Todos esperam meu próximo movimento.
Eu aguardo.
Cresce a ansiedade, querem me julgar rapidamente.
Alguns se irritam, estão com fome.
Faço que não os percebo.
Tenho meu próprio tempo.
Sustento-lhes o olhar.
Quando de repente: prim.
Ficou pronto, meu famoso bolo de cenoura.
Agora só falta a calda de chocolate, hum!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

O chamado.

Atentai ao chamado.
Vós que cortejas a noite.
Somos iguais, junta-te a mim.
Não hajas com receio ou timidez.
As trevas já existiam antes da luz.
Estamos acima do bem ou do mal.
Vós que anceia liberdade.
Nas sombras encontrará abrigo.
Siga teus instintos.
Empenha teus dons a nossa causa.
Aqui não existe pecado.
Aceito o chamado, não há retorno.
Tua paga: eternidade.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Anjo negro.


Amparada por policiais, parecia perdida, pois o efeito da droga estava no auge.
Quando passei olhou para mim.
Tenho certeza que não me viu, fitava o vazio.
O problema é que eu mergulhei no seu olhar.
Fui sugado para o seu mundo de dor e tristezas.
Onde pessoas tentam secar o oceano com um conta-gotas.
Ou escalar uma parede de vidro com as mãos sujas de óleo.
Pessoas apáticas, patéticas, que só pensam em seu circulo vicioso.
Quem dera pudesse ajudá-las.
Mas não querem ajuda, não entendem, eu também não.
Parece que estamos todos presos a sapatos de concreto.
Não vamos à lugar algum.

O anjo caído é negro.
Sua vontade é negra.
Tento subir a superfície.
Me seguram os pés.
Me debato em vão.
E afogo-me em meus pecados.
Me entregando de vez a escuridão.
O anjo negro regozija-se, nas profundezas.

sábado, 21 de junho de 2014

Vontades.

De andar solitário
Sozinho vou-me
A divida é pequena
Mas cansado estou

Faz mundos de promessas
Mas o verbo é fraco
A carne é fraca
Perdido sou

Tua lágrima fingida é seca
Fica a soluçar
Queres atenção
Teu logro não me alcança

Prefiro um vagar tranquilo e leve
Ao doce tormento de tuas vontades
Teu querer é como vaga, me faço forte
Minha alma treme, mas resisto

terça-feira, 17 de junho de 2014

Duas luas.


Um bater de asas em outra dimensão.
A lua que se tornou siamesa naquela noite.
Somente para meus olhos.
E um instinto primitivo invadiu meu ser.
E me peguei conversando com a lua de reflexo duplo.
Bajulando-a , fazendo-lhe pedidos fantásticos.
Um sonho de magia e encantamentos.
Visões de seres e lugares inacreditáveis.
Não sei quanto durou o transe, quando acordei a lua estava normal, o mundo estava normal, eu estava normal, ufa!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Comparações.

Abelhas, aos japoneses.
Canário, aos norte-coreanos.
Cobra, aos sul-coreanos.
Tubarão, aos americanos.
Canário, aos cubanos.
Cavalo, aos ingleses.
Canário, aos sírios.
Vaca, aos indianos.
Elefante, aos soviéticos.
Canário, aos chineses.
Camaleão, aos venezuelanos.
Cobra-cega, aos brasileiros !

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Jardim.


Sou apenas um homem.
Sou simples, mas complexo.
Dentro da minha urgência tenho uma paciência infinita.
No meu jardim, caem folhas de outono.
Observo as pedras enquanto crescem.
Ramos de flores dançam com a brisa.
Pássaros brincam por toda parte.
O dia está morrendo, mesmo assim me contempla com um lindo pôr do sol.
Nunca mais haverá outro igual.
A vida é muito triste.
Sinto-me pleno.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Aniversário.

Hoje tua estrela brilha forte.
É o dia em que nasceu.
Sinto orgulho de ser seu amigo.
De poder contar com sua confiança e o seu carinho.
Você que é um propagador de conhecimento, a teus alunos e amigos.
Uma pessoa digna e de caráter.
Do meu coração te desejo toda a felicidade.
Você me honra muito, sendo essa pessoa maravilhosa.
Minha admiração é imensa.
Feliz aniversário, meu filho.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Reptilianos.


Difícil acreditar que talvez não sejamos nós mesmos.
Inacreditável pensar que exista outra espécie de seres inteligentes coabitando o planeta conosco.
Bem na nossa cara.
Seres, como dizem os boatos, que se julgam superiores a nós.
Será que são?
Acho que não, pois se o fossem não precisariam se esconder, se é que existam.
Algumas pessoas alegam que fazem isso para não criarem o caos.
Foda-se o caos, acha que os conquistadores portugueses e espanhóis estavam preocupados com o caos na sua época?
Que a santa inquisição teve algum remorso de ter queimado milhares de pessoas?
Que os americanos não reduzirão a um monte de cinzas qualquer nação que se oponha a eles?
Será que existe alguma relação passado/presente?
Falam em terceira e quarta densidades, de vórtices de tempo, de sensitividade, vibrações extra terrestre.
Sensação de saber tudo e não se lembrar de nada.
Ora, isso todo mundo tem.
Não somos nós mesmos filhos das estrelas, que temos esse planeta por empréstimo, nisso eu acredito.
Agora dizer que tem um cara de lagarto vivendo entre nós, e ainda mais inteligente, ai eu preciso de muitas provas, só se eu for um deles e não saiba.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Engano.

Talvez eu não raciocine tão rápido quanto queiram ou precise.
Talvez eu tenha cometido apenas um engano.
Queria ser melhor, dar o meu máximo.
Ainda assim é muito pouco.
Imagino as coisas num patamar impossível de serem alcançadas.
Mais uma vez o dragão ressurge, o flagelo do povo vive.
Nos reagrupamos a espera das garras que dilaceram.
E tudo  parece apenas um engano, um doce engano.
Mesmo doce é fatal.
E mil quatrocentos e sessenta dias se passarão, até uma nova chance.
Loki, o deus da trapaça, estará presente.
A vida se tornará rubra.