quarta-feira, 27 de maio de 2015

Noite sem fim.



De tão apaixonado quanto, a ti dedico todo pranto.
Ó noite tão escura, tão vazia, onde estão tuas estrelas?
Por que teu silêncio se contrapõe as minhas preces?
No meu lamento, há momentos que ouso sonhar.
Mas são só pensamentos de um tolo,velhas lembranças revividas todas as noites.
Será que ainda virão cânticos?
Como um pária, caminho soturno, como se essa fosse minha última volta sobre teu peito.
Queria que a terra se abrisse e me engolisse agora. Seria tão fácil!
Mas nem a lua, na noite escura quis aparecer.
Que minha vigília seja breve, e que a noite não seja sem fim.
Como nada é!
Pois a manhã chegará, e com ela a luz do sol, para, mais uma vez, limpar minha alma.