sexta-feira, 27 de março de 2015

Copiloto.

Não se pode colocar todos os pecados ao sol.
Uma parte tem que ser preservada de nós mesmos,
aquela, infame, medonha, para não perdemos o foco.
Para não perdemos a humanidade.
Num mundo à parte, trancamos nossas ansiedades, nossos medos.
E quando essa barreira se rompe para o mundo exterior,continuamos
os mesmos, mas, no nosso íntimo enlouquecemos, nos perdemos de nós mesmos.
Somos capazes de tudo.
Há coisas que nunca deveriam ver o sol, assim como pessoas que nunca deveriam ficar só.
O que realmente existe em nossas mentes de tão destrutivo que consome vidas?
Por que nos tornamos monstros?
O que você vê?
A porta está trancada!

segunda-feira, 23 de março de 2015

A cigana.

O perfume doce, o olhar felino.
Movimentos sensuais.
Mistérios, fantasias.
Quem vê de longe, vê melhor.
Uma dança de criança, uma troça, uma trança.
A menina mais bonita roda, roda, não se cansa.
Pula e flutua, leva minh'alma em sonhos juvenis,
porque meu corpo jaz pregado ao chão.
Não há chance para quem não dança.
Teus olhos, teu corpo, tua boca, tudo é sedução e pecado.
Ela não é mais criança.
Ela é só uma velha cigana.
Às vezes teus olhos lhe enganam, e a imaginação te prega uma peça.
E mesmo que a ultima estrela cadente não seja para mim, ainda assim,
deixarei que leia minha mão.
Só para poder tocar as suas.

domingo, 15 de março de 2015

Voltas.

Não quero para mim algo que não me pertença, ainda mais
se tratando de um sentimento. Se não me ama não te quero,
mesmo querendo, e muito.
Não é machismo, só o velho bom senso.
Pelas voltas que a vida dá, um dia você vai entender que nem
tudo pode ser imposto ou forçado.
As ações espontâneas são livres de culpa ou remorsos.
O amor, às vezes, é só um diamante bruto, mesmo assim, meigo, doce.
Mas, sempre uma dádiva para aqueles que o possuem.
Por isso, nunca force. Tem que acontecer!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Caminhos.

Caminhando entre planetas, sigo meu destino.
Minha alma etérea busca um amor, um sentido,
às vezes se torna só mais um capricho.
Quem liga? As respostas não passam de charadas.
Talvez de sonho em sonho entre razão e realidade,
realidade e razão, um ser de sedução e fogo atinja o seu ápice.
Onde a frágil flor se curva mansamente aos caprichos da brisa.
Estava em um lugar tranquilo, sob luz de estrelas azuis
Em um chão de espinhos achei meu caminho entre muitos.
Não vi você em nenhum deles, não importa, cada ser é único.
Uma lua, um sol, a música preferida, isso importa.
Em breves momentos quase acordei, iria estragar tudo, me trazer de volta.
Eu estava caminhando na minha história, e lá tudo era perfeito.
Até mesmo tua ausência!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Depressão.

Ninguém, eu sou ninguém!
Sou também, o invisível, o inepto, o errado, e o torto.
Não me acho assim.
Mas me sinto assim.
Por causa de outros maldosos, cretinos, vulgares.
O grande abismo me espera.
Será..... que conseguirei voar?
É o fim da linha, tudo já foi feito, tentado ou pensado.
É isso, meu nome é ninguém.



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Ame alguém!

Se o teu amor é puro, guarde-o.
Se a tua causa é justa, vá até o fim.
Se a tua alma é transparente, proteja-a.
Não exponha um coração livre a cobiça das pessoas.
Não deixe que seja despetalado como uma simples flor,
para depois ser pisado como uma folha seca.
Como a seiva da vida, o amor é o alimento da felicidade.
Quem ama não hesita, não tem medo.
Pode parecer até mesmo cruel.
Às vezes dói.
Pois quem morre amando, vive para sempre no coração do ser amado.
Se quer ser eterno, ame alguém!

sábado, 7 de março de 2015

DNA.

Dias longos, sofridos.
O que posso ser além de eu mesmo?
O vórtice não para, não espera.
Fuja para longe, ande, voe, navegue, milhas e
mais milhas.
Vá para o norte se quiser, qualquer lugar.
Mesmo assim quando chegar, eu estarei lá.

terça-feira, 3 de março de 2015

Doces.

Roubaram-me a vida.
Roubaram-me os sonhos.
Roubaram-me os doces.
O que direi no fim da peleja?
O que farei?
O que serei?
Custava ter nascido nobre?
Com muitos cobres,
avantajado e com saúde?
Eis me aqui de físico mirrado,
de pele rachada e torrada.
Feio de doer.
Donzela nenhuma há de querer.
Um ser tão pobre e fodido,
que nem sabe se vai comer..
O que se há de fazer com uma sina tão dura,
uma vida tão crua?.
A morte hei de querer.
Chega de loucura, firma o pé na rua.
Pois sou brasileiro e não desisto......nunca?