sexta-feira, 31 de julho de 2015

Inventário.

Lúcia, para ti a inocência de criança.
Celeste, para ti a surpresa de ser eu o escolhido.
Marina, grandes porres, só isso!
Amanda, Silvia, Carmem, fase boa.
Rose, armadilha.
M, amor e dor.
O amor machuca e abre feridas.
Expõe a alma do cidadão ao mundo.
Se puder evitar não ame!
Obs: Não me lembro de quem é M!

terça-feira, 28 de julho de 2015

Don´t leave me now!

Mesmo na borda do vulcão, estou pensando em você,
sempre você!
Estou perdendo o controle, não consigo me firmar.
Meu coração doí, estou a deriva numa rua sem mar,
apenas um náufrago urbano, procurando o que fazer.
Preciso de tudo que você tem.
Minha alma não para de te chamar, as coisas não acontecem sem você.
Te amo, te amo, te amo, é uma ironia, mas te amo, dá pra perceber, que
você é minha luz, o único caminho que me resta?
O mundo não faz falta, só você!
A vida segue lentamente triste.
O tempo deixa sua marca em minha estrada.
Como sinto sua falta, uma casa sem janelas, lembra?
Só tenho a música, minha música!
E ela toca, toca......









quarta-feira, 22 de julho de 2015

Poema para morte.

A morte é um tanto óbvia para ser deixada mesmo que,
relutantemente ao acaso.
Ela é, depois do nascimento o maior evento na existência
de qualquer ser.
É a extinção do corpo, a derradeira metamorfose.
Ela vem depois de tudo, para além de tudo.
Talvez seja um parto às avessas, para renascer em outro mundo.
Mas acho que uma coisa todos nós queremos, que quando tiver
de vir, que seja rápida, limpa e sem dor. Uma doce morte.
O que é a morte senão um poema para vida?
Há até quem escreva sobre ela.
"Um simples poeta quis saber qual a razão
da morte ser o enigma que lhe apertava o coração.
Mas a morte lhe pegou dormindo, sem ele poder escrever a conclusão".
Uma boa morte a todos!

domingo, 5 de julho de 2015

Caminho de rosas.

Para breves momentos, longos dias.
Nós.
A musica é eterna.
A razão é o sonho,
que flutua...que flutua.
Não me deixe agora.
Apenas voe.
Meu silêncio, o teu.
A alma arranha a superfície da vida.
Nada a perder.
Apenas voe.
Seu caminho de pétalas.
Os espinhos são meus.
Nem tudo tem que ser triste.
As rosas que falam....voe.
Apenas voe.

sábado, 4 de julho de 2015

Alvinho.

O patrão indo visitar uma fazenda vizinha,
disse ao empregado:" Hoje seu serviço é dar
uma caiação em tudo por aqui, quero tudo
 alvinho!
O compadre Zé vai passar por aqui pra me pegar,
depois ele me trás de volta".
E assim foi o patrão passear na fazenda do compadre.
Quando voltou à tarde, viu que tinha um carro diferente
no lugar do seu,  percebeu que era o seu próprio
carro, todo branquinho de cal, ficou enfurecido e
chamou o empregado.
"Que cagada você fez com o meu carro?"
O empregado, com seu orgulho artístico ferido, foi logo
dizendo." Não tive culpa, teve lugar que escorreu mesmo!"

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Olhar adolescente.

Ela contou ao garoto que estava com uma calcinha
imaculadamente branca.
Eles estavam nas escadarias do correio, fumando e
jogando conversa fora.
O povo que saia da missa  passava por eles e encarava-os
como espécimes exóticas.
A estranheza era reciproca.
Para os adolescentes, serem observados era o fim da picada,
e mesmo depois de irem para suas casas, as pessoas ainda
espiavam a praça pelas frestas das janelas.
Os garotos e garotas ficavam lá, na deles, imaginando o
quanto eram patéticas aquelas pessoas, que a cidadezinha
onde viviam era um atraso atrás do outro, se teria alguma
novidade na próxima semana.
Enquanto nosso garoto saia do mar de adrenalina e hormônios
e voltava ao mundo real, não parava de se perguntar, será que
ela disse a verdade?