terça-feira, 22 de julho de 2014

Doce ou travessura?

Doce ou travessura?
Bala, pirulito.
Faca, facão.
Travesseiro, corda.
Garganta, coração.
Devagar ou rapidinho.
Dura um tempão.
Outra rodada é preciso.
Seja homem ou menino.
Se não morrer.
Como gostoso coração.
Lançado está assim.
Fica aqui, fica lá.
Quem entende, preso está!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Preguiça no céu

Acho que não quero fazer isso não.
Aqui ninguém questiona o que lhe mandam fazer.
Não curti.
Aquele cara ali, o que ele está fazendo?
Ele faz esculturas de areia.
Acho que consigo.
Não ficou muito legal né!
E aquele ali?
Ele cria partículas de prótons.
Esquece.
Tem que fazer alguma coisa mesmo?
Aqui ninguém fica ocioso.
Quê mais que tem pra fazer?
Por que você não faz a porra da bolinha de sabão e pronto!
Posso escrever?
Nãooooo!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O beijo.

São apenas rosas, não ligue.
Fique com elas se quiser.
Eu as trouxe para você.
Não se incomode, já estou indo.
Acho que não volto.
Melhor assim.
Não quero o anel: venda!
Não me importo.
Só vim agradecer pelo tempo que durou.
Para mim valeu muito, sinto ter acabado.
Você não é de se apegar a ninguém.
Não a culpo.
Te amo muito, mas não sou do tipo que prende.
Prefiro ver você feliz, quero que prospere.
E para selar o fim de nossa história, só quero uma coisa
Um beijo.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ética.

Eles perderam a razão.
Seus métodos são medonhos.
A cura não pode custar tanto.
Usam tudo que aparece.
A madrugada oculta o ilícito.
Da fábrica até o destino serão horas.
Ele os segue até o fim.
Dois astronautas descem do caminhão.
E começam a jogar a carga no velho fosso da pedreira.
Ele se aproxima para ver melhor.
Carcaças, algumas se mexem, ovos e muitos sacos pretos..
Tanto trabalho por isso?
Quer mais uma prova, além do filme.
Esquece a escolta.
Alguma coisa se rompe.
Que cheiro horrível.
Está paralisado e tonto, muito perto.
Gasolina, vão incendiar o fosso.
O clarão domina a noite, ele fica onde está.
Pela manhã não se saberá o que é homem, ou o que é bicho.
De observador a vitima, no meio de tantas.
Talvez um dia o fim para muitos se resuma a isso.
Um monte de lixo e cinzas.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ilusão.

O trabalho nunca acaba.
O filhos nunca crescem.
Eu ainda não cresci.
Só envelheço.
Dia a dia, sopro a sopro.
Tudo passa.
Minhas mãos sangram.
A lida, cansativa, monótona.
O amor é vencido.
A paixão é vendida.
Meus joelhos já não se dobram .
Tudo passa.
O corpo se desintegra com a alma ainda nele.
Mas ainda me apego a um fio de vida, uma ilusão.
Porque no final tudo se renova.
Não tenho certeza de nada.
Porque deveria? 
Se tudo passa.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Casalzinho.

Ele: dá uma segurada pra mim.
Namorado: tá bom.
Namorado: anda logo, minha mão tá cansando.
Ele: aproveita e dá uma chupada, não morde.
Namorado: não, obrigado.
Ele: que chato.
Namorado: não gosto.
Ele: anda logo, chupa ai, chupa logo, porra.
Ele: Ahhh! Sacanagem, caiu longe.
Namorado: já falei mil vezes que odeio picolé de goiaba!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Não diga adeus.

Eu apenas olho.
Não digo nada.
Quero que se lembre de mim assim.
Não diga adeus, apenas vá.
Sempre poderemos reviver velhos amores.
Meus erros ficarão comigo, leve os seus.
Equívocos são passíveis de perdão.
Lembranças são apenas bons momentos, não espere que eu chore.
Não quero ficar triste.
Não quero ficar triste.
Coisas de homem e mulher.
Vá logo.
Volte logo.
Não diga adeus.