sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Sobre perdas.

Penso que às vezes... tudo, tudo poderia ter sido igual a um filme, e foi, um
curta metragem mal feito.
Sinto até pena do ator principal, eu!
Sei também que não teria como ser diferente, toda aquela droga de sentimentos e
culpas envolvidos.
Pensei até em pular da calçada e cair de mau jeito, mas não tive coragem.
Achei que o mundo era só você, e não era.
E tudo não passou de planos, que morreram ao final da canção que só nós
sabíamos cantar.
Sei que tinha um riacho de águas cristalinas e geladas, com pedras por toda
a sua volta, as quais deitávamos para secar nossos corpos nus.
Um sol tímido nos aquecia naqueles dias, ainda hoje me pergunto?
Onde foi que nos perdemos um do outro? Cadê aquele brilho que tinha em
nossos olhos?
Hoje ando triste por onde sigo, um coração quebrado dentro de um peito machucado,
às vezes cai um pedacinho pelo caminho, então eu lembro de você partindo e choro.
Queira ter feito diferente, mas você já não me queria mais, de que adiantaria prolongar tudo.
Meu amor foi feito para você, e você me dispensa do nada, fiquei órfão de mim mesmo.
Queria acordar, mas não era sonho, só a vida que seguia seu rumo inexorável.
Queria que fosse mentira, mas era tudo verdade, tudo acabado e enterrado para sempre.
Juntei o pouco de orgulho que ainda me restava e deixei você ir sem dramas.
Estou aprendendo a viver novamente, os dias passam e histórias novas acontecem.
As cores da vida começam a se firmar novamente, tinha esquecido de como são lindas.
Dependendo da música, os olhos ainda turvam, o coração acelera, mas tudo faz parte do
processo.
Sei que estou bem, o que sentia era real, verdadeiro, não tenho de que me arrepender, nunca.
Ontem apareceu alguém com um brilho lindo no olhar, estou no caminho certo, talvez quem
tenha perdido alguma coisa tenha sido você!

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