segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Lembranças.

 Só mais uma noite passando lentamente.

Sombras que se misturam e se perdem em pensamentos tristes.

Vultos do passado que assombram, mas só porque são lembrados.

Queria poder esquecer. 

Queria poder continuar.

Queria ser eu mesmo.

Mas as lembranças não deixam, você não deixa.

Lembro um caminho de flores, margaridas, gosto delas.

Lembro um caminho de espinhos, quanta dor.

Lembro das loucuras, queridas loucuras.

Quantos beijos, e beijos e beijos...

Nada a declarar, sem planos, só o momento.

Quantos momentos, divinos momentos.

Cadê a razão, estou perdido em meu quintal?

Não estamos todos a deriva?

Um náufrago sem a ilha, cadê a terra firme?

Ondas que trazem meus destroços para o dia que começa.

Cadê a  mão que vai me tirar aqui do fundo?

O sol vem e seca um oceano de lágrimas mal dormidas.

Que venha o dia, pois uma noite longa me espera.

E as sombras do passado me abraçam!

O amor não precisa de razão.

O amor tem memória. 

Maldita memória!

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