Eu estava conversando a minha maneira com os Deuses, do lado
de fora de casa
quando percebi um vulto atrás de mim.
Eu estava no escuro, mas vi quando se materializou bem na
soleira da minha humilde casa.
Era pequena, enegrecida pela escuridão, se formou já em posição
de dar o bote.
Como nuvens de tempestade, a pequena serpente ergueu sua cabeça,
mostrando a todos a verdadeira definição do mal.
Aquele que vem de antes da invenção da roda.
Sua posição altiva, mas ao mesmo tempo asquerosa, medonha.
Não esperava que eu também fosse tão rápido.
Com minha pequena varinha golpeei a pequena serpente, a mesma
varinha que já golpeou um Mamute, quando ainda existiam.
A cobra morreu, mas minha varinha se quebrou tornando-se inútil para sempre!
Fui logrado, cai numa armadilha!
Quem me mandou a serpente?
Não tenho pistas, será alguém como eu?
Isso realmente não importa!
Sei que veio exclusivamente para destruir meu brinquedo milenar.
Quem quer que seja pensa que a varinha me emprestava seu poder.
Tolos, eu a criei para dosar minha força, inventaram muitas histórias
sobre minha inseparável varinha.
Que pensem que estou desarmado, da próxima vez pegarei o mimo que
me enviarem com minhas próprias mãos, então saberei quem o mandou!
Destilarei sua peçonha e a servirei numa linda taça de ouro!