terça-feira, 12 de agosto de 2014

Diário da professora morta.

12/8/2014, terça-feira.

Viajo no olho do furacão.
Mas essa coisa só faz dar voltas e mais voltas,
da ultima vez ele bebeu direto do meu coração.
Não podia ter feito, ficou marca.
Pela ferida se esvaiu sentimentos, a confiança.
De vermelho ficou cinza, seco.
Um nada comparado ao seu grande coração negro
Em sonho andei mundos,
peregrino pela noite a procura de cores, mistérios,
A espera, sempre a espera.
O alimento.
De repente me dei conta, que não precisa ser assim.
Que as coisas estavam invertidas,
ele era dependente de mim, não o inverso.
Era minha luz que o fazia brilhar
Ai mudei, mudei muito,
resolvi ficar na minha, sem aventuras loucas,
ser apenas uma pessoa.
Guardar as lembranças boas fundo e ignorar as más.
Ele sumiu, foi ótimo.
Agora quero esquecer, esquecer.
Um coração só,
livre para sempre.
Sem mágoas, sem tristezas.
Flutuando acima do mundo.
Ser feliz novamente.
Alguém à porta.


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