quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A rosa.

O namorado que lhe trouxera uma rosa e nunca mais voltou.
De tanto esperar perdeu seu viço.
Na porta do cortiço, sua juventude lhe dizendo adeus, seu mundo
desmoronando aos poucos.
A esperança indo pro ralo com a água suja da roupa.
E os sonhos se transformando em fumaça gordurosa na beira do fogão.
Seu subconsciente sempre a lhe dizer, " Quanta besteira".
Mesmo assim a noitinha junto a cama, o pedido em forma de oração,
sentida e ressentida, por dias melhores.
Mas com o amanhecer, tudo é igual.
E com passar dos dias, da vida, uma prostração e inércia lhe trazem
uma desesperança sem fim.
Mas ela ainda guarda aquela rosa, que um dia já foi linda, viva, assim
como ela também foi, e um desejo secreto aflora de seu coração, será que
algum dia serei feliz?

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