sábado, 15 de novembro de 2014

Astronauta.

Estou flutuando no espaço, o cabo arrebentou.
Não sei o que fazer ou onde ir.
Me vejo confuso, perdido, descartado, achado, descartado de novo.
Me falaram que a vida é assim mesmo, dá vontade de ser peixe.
Meu sapo me encara, fica ali me olhando, não entende.
A luz bate no plástico dos seus grandes olhos, parece que vai pular.
Ele tem nome, mas não posso dizer.
Minha beija- flor negra vem na certeza de encontrar comida,
ela tem razão, não me esqueci dela, temos um pacto.
Elvis e Merilyn, estão sempre sorrindo, não importa quantas
voltas o ponteiro dê.
Três borboletas cintilantes camuflam, três buracos no forro.
Será que sou eu que complico as coisas?

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