quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Seis e quinze.

Mulher de macacão vermelho, brilhante e justíssimo, com
a cabeça bipartida, tipo quase duas testas.
Um homem barbudo, cabeludo, de três metros de altura,
roupas comuns.
Outro homem, muito branco, testa alta, crânio muito pequeno,
olhos de réptil, roupas normais.
Esses estranhos personagens estavam voando num objeto que
parecia o chapéu gigante do Zorro, só que vermelho brilhante,
mesmo material do macacão da cabeçuda.
Deram várias voltas, apareceram rodas na coisa, virou uma
espécie de carro e aterrissaram.
Foi assim que fiquei conhecendo os ocupantes do chapéu voador
quando desembarcaram.
Eles tinham um objetivo para descer ali, cercaram rapidamente um
chevette ret verde, velho que estava estacionado e ficaram observando
seu interior.
Morrendo de medo, me aproximei, eles nem ligaram para minha
presença, acho que fizeram algum tipo de mantra ou oração, dizendo
que o sol explodiria e que a raça humana seria exterminada, me pareceu
a ameaça básica dos filmes de ficção.
Mas eu estava mais curioso do que medroso, por incrível que pareça
queria saber o que tinha dentro do chevette, para merecer a atenção dos
alienígenas
Não tinha nada nos bancos do carro, mas no painel do motorista tinha um
monte de brasas, isso mesmo: brasas de fazer churrasco.
Ai eu indaguei o gigante:
"Só tem brasas?"
Ele me olhando como se eu fosse um verme disse: "sabe de nada inocente!"
Depois dessa eu fiquei muito puto, tão puto que acordei.

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