domingo, 4 de fevereiro de 2018

A revolta de Bentinho.

Minha doce compaixão de mim mesmo, há de ter limites.
Como há limites para tudo.
Chega de bancar o coitadinho sem sorte, sem talento, sem ambição.
Uma alma penada que tenta atravessar uma parede de pedra e não consegue, ridículo!
Mas convenhamos que as coisas mudam a seu tempo e necessidade.
Como um moinho: quanto mais água, mais rápido ele gira.
E, devéras, estou fazendo muita água ultimamente.
Idéias que mais parecem alucinações de tão extravagantes, me sinto corar de tão
despudoradas que são.
Devo admitir que minha admiração  pelo sexo feminino me tem causado grande
transtorno.
Mas como viver sem as mulheres, apesar de todas as confusões que as acompanham.
Eu que vivi e revivi inúmeros romances e aventuras amorosas.
Desfrutei dos favores e deleites de algumas beldades.
Um solteirão de carreira solida, sem remorsos nem dó.
Sempre vivendo o melhor do sexo sem compromisso.
Mas hoje algo tocou meu coração, pois vi que ninguém pode ser feliz para sempre
e continuar impune.
Tenho que ser castigado pela minha displicência para com as pessoas... e com as
responsabilidades.
Hei de ser um homem sério doravante.
Adeus vida devassa e de fraquezas, pagarei de bom grado o preço que todos pagam.
 E sem nenhum murmúrio, nem arrependimento, caminharei firme até o fim.
Que  Deus me proteja e me dê forças.
O casamento é as dezoito horas!

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