terça-feira, 14 de outubro de 2014

O parque.

Quisera eu explicar a mim mesmo que as contradições da vida
são apenas contradições e que ganhar a vida em certos lugares
às vezes é um privilégio.
Uma criança vindo pelo gramado batendo, displicentemente, uma
garrafa de coca-cola vazia na cabeça é só o que aparenta. Lindo!
O pássaro que come migalhas pelo chão.
Tristes migalhas.
Agora duas crianças correm, vestem rosa.
Elas sorriem.
O pássaro voltou, as migalhas acabaram.
Pombas vorazes e perigosas comeram tudo.
O gavião descobre o ninho, a mãe foge, os filhotes morrem.
O gavião tem seus próprios filhotes.
O gramado está pisado e seco, as pombas continuam a busca por comida.
O velho avarento tenta ludibriar a neta.
Pessoas que caminham falam sobre tudo.
O sol está se pondo, todos estão indo embora, vou indo também.
O parque fecha as 18:00.

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