quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Necromante.

Agora mesmo elas estão morrendo, já faz algum tempo
que não se regeneram como antes.
É inevitável, mesmo quando durmo.
Pasmo, olho minhas mãos.
Um sentimento de medo e coragem.
Nem rico, nem pobre lhe escapa.
Realmente, lentamente, absolutamente, resigno-me.
Espero ser sensato até o fim.
Mas bate uma desconfiança, uma esperança que deus exista.
Lembranças de pecados e alegrias, tudo a condenar.
Nunca fui samaritano, breves escorregões.
Dúvidas e dúvidas, um bolo, um nó, um começo de rebeldia, mas passa.
Tudo passa rápido e sem volta.
A evidência das células mortas em meu corpo é gritante.
O envelhecer chegou.
Consequentemente a morte está mais próxima.
A lei da vida, etc....
Mas sempre fica a expectativa do desconhecido, do novo, a pergunta?
Como será? Abismos profundos cheios de monstros e torturas?
Ou a resplandecência do paraíso e a glória dos anjos.
Como será?
O que me espera?
O que te espera?
Será que vou cavalgar um cometa?
Ou simplesmente desaparecer no pó?
A natureza, em suas metamorfoses nos mostra coisas maravilhosas e inexplicáveis.
A transformação e evolução do mesmo ser.
Isso pelos nossos olhos.
Porém, pelas leis do universo, seria uma dádiva ou um castigo?
A resposta virá para cada um com a própria morte.
E morto não fala!

Nenhum comentário:

Postar um comentário